Curta-metragem

Doce final se propõe a contribuir na luta em favor das mulheres

Obra de estreia de Eduardo Amaro no cinema aborda a desconstrução de um homem ao se perceber como um machista

Foto: Carlos Queiroz - DP - Amaro lidera elenco com mais de 20 atores amadores

Nesta quinta-feira ocorre o lançamento do curta-metragem Doce final - Até onde vai a doçura de um homem?, dirigido por Eduardo da Silva Amaro, produtor cultural, ator e músico conhecido pelo personagem Mister Negrinho – O docinho que virou gente. A exibição será na Bibliotheca Pública Pelotense, às 20h, com apoio do Sesc Pelotas. Ingressos na loja Studio CDs a R$ 20 (inteira). Já a venda de meia entrada ocorrerá somente à noite, antes do evento, na própria Bibliotheca.

Doce final é a obra de estreia no cinema de Eduardo Amaro, que criou argumento, roteiro e fez a direção do curta. A obra foi gravada este ano e traz para a ficção fatos reais da vida do criador da obra. “Eu vivi uma situação muito delicada, na qual eu fui tomado pelos piores sentimentos que a gente pode ter”, relembra Amaro. O projeto contou com o apoio institucional das secretarias de Cultura (Secult) e de Desenvolvimento, Turismo e Inovação (Sdeti).

Como um homem de muita fé, o músico conta que naquele período pedia a Deus, em oração, que os maus pensamentos fossem transmutados em algo bom. “A palavra de Deus fala que o choro dura uma noite e a alegria vem pela manhã. Depois de três dias de muita tristeza e lágrimas eu acordei com todos os detalhes do filme na minha cabeça. Foi uma visão dada para mim”, fala.

A obra aborda o processo de desconstrução de um homem frente ao machismo e a à violência contra a mulher. “Esse é um trabalho que vem agregar valor e força na luta das mulheres. Um trabalho forte e necessário de desconstrução do machismo”, comenta.

Amaro fala que precisava desconstruir suas próprias percepções equivocadas que o direcionavam a um comportamento machista. “Eu percebi que a doçura tem prazo de validade e eu poderia me tornar amargo, mas felizmente a história conta um doce final, ao contrário de muitos outros homens que já cometeram esse ato terrível de tirar a vida de alguém eu tive a graça divina de transformar as minhas frustrações, a minha dor, o machismo, o egocentrismo em arte.”

Personagens de valores
Mais de 20 pessoas participaram, formado por atores amadores oriundos de diferentes representações sociais, como estudantes e professores, entre outros. Entre os personagens o diretor destaca a presença feminina, que dá vida personagens que mudam o rumo da história, como o Amor, Vida, Incógnita, Esperança e Sabedoria. “E entre os homens, sem querer marginalizá-los, temos os senhores Ira, Raiva, Ego, Conflito Interno, Medo e o Pensamento, que é quem abre o filme”, antecipa o diretor.

Apesar da temática principal ser o machismo, as mensagens de amor, empatia e tolerância do curta são dirigidas a todos os públicos, salienta Amaro. “Estamos vivendo um período muito louco no mundo, está faltando amor, falta as pessoas entenderem e aceitarem os ensinamentos de Deus. Eu falo em Deus porque Ele tem conduzido meus passos, gerou em mim esses vários dons que hoje eu entendo que é no cinema que eles se encontram.”

Serviço
O quê: lançamento do curta-metragem Doce final - Até onde vai a doçura de um homem?
Quando: quinta-feira, às 20h
Onde: na Bibliotheca Pública Pelotense, praça Coronel Pedro Osório, 103
Ingressos: R$ 20 (inteira), no Studio CDs; R$ 10 (meia), na hora do evento

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